Convênio entre CNJ e Comando da Aeronáutica vai recuperar aviões do tráfico

22/09/2011 - 00h00

A Corregedoria Nacional de Justiça estuda a assinatura de um convênio com o Comando da Aeronáutica de Brasília para a recuperação e manutenção de aeronaves usadas pelo tráfico de drogas que são apreendidas e doadas à Justiça, por meio do programa Espaço Livre Aeroportos, vinculado ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Segundo o juiz auxiliar da corregedoria, Marlos Melek, a intenção é aproveitar a experiência da Força Aérea Brasileira (FAB) na manutenção de aeronaves, bem como peças disponíveis, para tornar estes aviões novamente aptos a serem usadas pelos tribunais.

As linhas gerais do convênio foram discutidas nesta quarta-feira (21/09), em Brasília, entre o responsável pela comissão do programa Espaço Livre e o comandante da Base Aérea de Brasília, coronel Geraldo Corrêa de Lyra Júnior.

Remoção – O programa Espaço Livre é uma iniciativa do CNJ que tem como objetivo remover dos aeroportos brasileiros as aeronaves que estão sob custódia da Justiça ou foram apreendidas em processos criminais. “Não temos poupado esforços para a solução desse problema”, afirmou a ministra Eliana Calmon, corregedora Nacional de Justiça.

O programa reúne, além da Corregedoria Nacional de Justiça, membros da Infraero, Ministério da Defesa, Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), Comando da Aeronáutica, Tribunal de Contas da União (TCU), Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) e Ministério Público de São Paulo (MPSP). Desde o início do programa, em fevereiro deste ano, duas aeronaves do tráfico de drogas já foram doadas a tribunais brasileiros, no Mato Grosso e no Amazonas.

Meta – A meta do programa é remover, até março de 2012, todas as aeronaves que hoje se encontram paradas em pelo menos sete aeroportos: Galeão (RJ), Salvador (BA), Manaus (AM), Campinas (SP), Guarulhos (SP), Porto Alegre (RS) e Confins (MG).

“Além das sucatas e aeronaves fora de operação ocuparem um espaço valioso nos aeroportos e proporcionarem aos usuários uma horrível imagem do transporte aéreo, agora uma delas pega fogo, colocando em risco bens e vidas. Sem falar que isso também prejudica a operação de um dos terminais mais importantes do País", afirmou o juiz Marlos Melek, a respeito do incêndio com o avião da empresa aérea Fly, já inoperante, no aeroporto de Guarulhos, na última terça-feira (20/09). “Apesar de a aeronave estar em área remota, o incidente ofereceu risco e poderia causar um acidente com proporções ainda maiores”, enfatizou.


Tatiane Freire
Foto/Fonte: Agência CNJ de Notícias



 

Notícias

Renúncia à herança e sua extensão a bens descobertos posteriormente

Opinião Renúncia à herança e sua extensão a bens descobertos posteriormente Mathias Menna Barreto Monclaro 7 de outubro de 2025, 7h01 Não se deixa de reconhecer que, em certos contextos, a rigidez da solução pode suscitar debates sob a ótica da justiça material, sobretudo em heranças complexas, em...

Juiz nega penhora de imóveis rurais usados para subsistência

Proteção Juiz nega penhora de imóveis rurais usados para subsistência Magistrado reconheceu que a família do devedor explora diretamente a terra para sua subsistência e que os imóveis se enquadram como pequena propriedade rural. Da Redação domingo, 5 de outubro de 2025 Atualizado em 3 de outubro de...

Assinatura eletrônica e digital: entre prática judicial e debate acadêmico

Opinião Assinatura eletrônica e digital: entre prática judicial e debate acadêmico Cícero Alisson Bezerra Barros 2 de outubro de 2025, 18h25 A confusão entre os termos reside justamente no fato de a assinatura digital ser uma modalidade específica de assinatura eletrônica, mas dotada de requisitos...

A possibilidade da usucapião de bem imóvel ocupado por um único herdeiro

A possibilidade da usucapião de bem imóvel ocupado por um único herdeiro Victor Frassetto Giolo Decisões recentes do STJ trazem clareza à possibilidade de usucapião em herança e evidenciam os impactos da posse exclusiva na partilha familiar. terça-feira, 30 de setembro de 2025 Atualizado às...